Vou compartilhar hoje a história de 2 advogados, que tiveram experiências de vida muito parecidas.
O primeiro, João da Silva, após muita dedicação e esforço, seu e de sua família, conseguiu se formar em Direito e pegar a tão sonhada carteirinha da OAB.
Durante todo o tempo da faculdade, ele conseguiu economizar por volta de R$ 30 mil, para abrir seu tão sonhado escritório.
Assim, com a carteirinha em mãos, alugou um escritório, pelo valor mensal de R$ 1.200,00, e investiu mais R$ 20 mil em móveis, equipamentos e decoração.
Além do aluguel mensal, também tinha despesas com energia, internet, água, condomínio, limpeza, secretária, o que lhe consumia pelo menos R$ 2.500,00 mensais.
As despesas eram altas, mas João da Silva finalmente estava realizando seu sonho.
Passou o primeiro mês, somente um cliente, faturamento baixo que pagou bem pouco das despesas. Os R$ 30mil iniciais agora eram só R$ 8mil.
Veio o segundo mês, a esperança era que os clientes aparecessem, mas eles não vieram. Só mais 2 contratos fechados, e mais um mês fechando no vermelho. Saldo final, R$ 5mil.
Fechou o terceiro mês, e a situação pouco mudou. 3 contratos fechados, contratos de êxito, sem perspectiva de receber nos próximos meses, e mais um mês fechando no vermelho.
As contas em casa também começaram a apertar e, no fim do mês, todo os R$ 30mil que João da Silva tinha juntado para realizar seu sonho se acabaram.
O que João da Silva estava fazendo de errado? Ele estudou muito, detinha conhecimento técnico para prestar um bom serviço, tinha montado um escritório bonito, mas não conseguia pagar as contas.
Os clientes estavam começando a aparecer, mas o processo de fechamento era lento, muitas demandas eram com perspectivas de receber só no êxito, e as contas não paravam de chegar.
Depois de 6 meses, com muito pouco retorno financeiro, tendo não só acabado com seu capital inicial, como também contraído dívidas, João da Silva resolveu desistir da advocacia.
Onde o sonho começou a ruir?
Quando ele tomou a decisão de investir todo seu capital inicial em estrutura fixa! Além do valor gasto de imediato, ainda houve o compromisso de boa parte do faturamento mensal (já baixo) para cobrir as despesas operacionais com essa estrutura fixa.
Pensando de forma bastante racional, essas despesas não eram necessárias no início! O mais importante, em qualquer atividade, é investir em captação de novos clientes!
Agora vou contar a história de outro advogado, com história de vida bastante parecida, que sacrificou muito para conseguir formar e pegar a carteira da OAB. O nome dele é José Leão.
Durante a faculdade, José Leão também juntou por volta de R$ 30mil, esperando empreender na advocacia logo após a conclusão do concurso.
Em vez de locar um espaço fixo, investir em móveis, optou por uma empresa que oferecia serviços de Coworking, escritório virtual, etc.
Com uma economia mensal de mais de 70%, usufruindo praticamente das mesmas comodidades e serviços de um escritório próprio, José Leão conseguiu focar toda sua atenção em captar novos clientes.
Com o que economizou com estrutura fixa, investiu em desenvolvimento de um plano de marketing, conteúdo patrocinado, Google Ads, Facebook Ads, etc.
O baixo custo mensal permitia reinvestir boa parte dos contratos fechados inicialmente em captação de novos clientes.
O primeiro mês foi difícil, ainda era novo no mercado, somente um contrato fechado. Como seu custo mensal era baixo, por volta de R$ 300, mal precisou mexer no seus R$ 30mil guardados.
No segundo mês as estratégias de marketing já começaram a dar retorno mais concreto, ele conseguiu fechar 5 contratos, alguns já com recebimentos no curto prazo.
Veio o terceiro mês, e a roda começou a girar mais rápido. Já eram 10 novos contratos, e o faturamento mensal já lhe permitia pagar as despesas e economizar para crescimento futuro.
Os R$ 30mil guardados se tornaram R$ 32mil. A equipe precisou crescer, ele já não conseguia atender a tantas demandas.
O escritório de José Leão cresceu bastante e ele prosperou! Depois de 3 anos, a equipe era tão grande que já não cabia mais naquele Coworking.
Só então ele resolveu abrir seu escritório próprio, mas o faturamento já era tão alto, que ele conseguia absorver tranquilamente, sem deixar de investir na captação de novos clientes.
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